

Mudanças na forma de ensino tornam latente repensar os espaços de ensino. Com novas abordagens em que o professor não é mais fonte de conhecimento única e o ensino não mais unidirecional, salas de aulas herméticas com ponto de fuga direcionado à lousa não mais fazem sentido.
Dentro deste cenário, a Wish 21 é resultado de uma pesquisa contínua realizada pelo escritório, em conjunto à escola, que procura investigar e especular espaços catalizadores para as novas formas de educação. Pautado pela pedagogia holística, que constitui sua base através de uma visão completa do indivíduo, o novo espaço tem como objetivo abrigar uma nova proposta da escola que visa oferecer programa que enfoca estimular competências do século XXI.

O novo programa tem como objetivo explorar potencialidades do indivíduo, de maneira autogerida, a partir da criação de trilhas personalizadas que abrangem diferente tipos de atividades. Cada qual no seu interesse, aprende a seu tempo, a seu modo.
Tem-se em mente, a partir da leitura da proposta pedagógica, que os espaços não podem ser enclausurados e segregados. São necessárias interações, espaços catalisadores, que promovam distrações positivas, encorajem trocas, estimulem o fazer autônomo, que reflitam os diferentes caminhos de cada aluno.


A intervenção é em galpão pré-existente.
As ações são pautadas por procedimentos de demolição e enxerto, retirando excessos de construção e inserindo novas estruturas que possibilitam a criação de espaços flexíveis capazes de abrigar as diversas atividades propostas.
Abordamos a planta como território composto por zonas de contração e expansão, em que existem fronteiras e bordas, mas elas são tênues, permitindo e incentivando a transgressão, catalisando a apropriação imaginativa, entendendo as crianças como sujeitos ativos. Os corredores, lugares em que a única função é o movimento contínuo do ir e vir, não existem.
Os espaços principais são 4:
o ginásio, onde são realizadas as atividades relativas ao movimento do corpo, geralmente tem suor envolvido;
o estúdio, onde ocorrem as práticas de música, gravações de vídeos, geralmente tem barulho envolvido;
o maker space, onde ocorre a construção de bugigangas, onde são feitas também atividades de artes plásticas, geralmente envolve o uso de ferramentas;
a biblioteca, onde ocorrem as atividades mais introspectivas, possíveis leituras, geralmente envolve a necessidade de silêncio e isolamento.
Centralizando todos estes espaços está o core, lugar onde se pode observar e também adentrar todos os espaços que o circundam. É conformado num lado por um grande painel com portas de correr, todos eles grandes lousas que podem ser também painéis para exibição dos trabalhos dos alunos, enquanto no outro é conformado por um conjunto de três cortinas de enrolar semitransparentes.


Quando numa atividade que necessite um espaço maior, como palestras ou workshops, é possível recolher tais cortinas e painéis de forma a criar um espaço maior unindo maker space, core e ginásio. No centro do core há uma tela de projetor enrolado que permite a exibição para ambos os lados.
As paredes que dividem os espaços não chegam até o teto, possuem perfurações, brechas que permitem ver através ou ouvir o que acontece nos espaços contíguos.
Dessa forma essas paredes, essas linhas que de certa forma dividem os espaços, são tênues.
Estimulam a contaminação das atividades que ocorrem entre elas.
Seu desenho conforma espaços às vezes largos, às vezes estreitos e altos.
Não é possível compreender a totalidade do espaço parado, suas inflexões e sinuosidades fazem com que seja necessário se mover para compreender, exige do usuário certa atenção, certa consciência do corpo que vira unidade de medida.






Referente a luz natural, o projeto se pauta pelo mapeamento e potencialização das aberturas existentes na construção, motivando a distribuição do programa, mas principalmente o desenho das paredes internas de forma a dividir e direcionar a luz natural para cada ambiente.


O desenho das paredes de gesso possui inflexões a meia altura que funcionam como rebatedores de luz, são responsáveis por compartilhar a entrada de luz natural de uma abertura única para dois recintos.
Referente a iluminação artificial, se busca criar um teto iluminado único a partir da criação de uma eletrocalha a 2,10m de altura, em volta de todo o perímetro da parede existente. Divide o espaço verticalmente ao meio.
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A sua altura é definida em função do alto parapeito das grandes janelas pré-existentes e acaba conferindo uma escala menor, mais humana ao espaço, uma vez que a eletrocalha passa por cima de todas as aberturas.
É predominante feita por refletores direcionados ao teto e instalados nas laterais das eletrocalhas, enfatizam que as paredes que não tocam o teto.
A luz invade os espaços contíguos, cria sombras dos montantes que adentram os ambientes vizinhos, enfatizam a permeabilidade entre ambientes.



De forma geral, o projeto busca enfatizar que as diferentes áreas do conhecimento se retroalimentam, que o espaço não tem que somente refletir essa retroalimentação, mas também catalisar as possíveis interações entre seus usuários.








Memorial Condensado
Mudanças na forma de ensino tornam latente repensar os espaços de ensino. Com novas abordagens em que o professor não é mais fonte de conhecimento única e o ensino não mais unidirecional, salas de aulas herméticas com ponto de fuga direcionado à lousa não mais fazem sentido.
Dentro deste cenário, a Wish 21 é continuação de um trabalho realizado pelo escritório, em conjunto à escola, que procura investigar e especular espaços catalizadores para as novas formas de educação. Pautado pela pedagogia holística, que constitui sua base através de uma visão completa do indivíduo, o novo espaço tem como objetivo abrigar uma nova proposta da escola que visa oferecer programa que enfoca estimular competências do século XXI.
O novo programa tem como objetivo explorar potencialidades do indivíduo, de maneira autogerida, a partir da criação de trilhas personalizadas que abrangem diferente tipos de atividades. Cada qual no seu interesse, aprende a seu tempo, a seu modo.
Tem-se em mente, a partir da leitura da proposta pedagógica, que os espaços não podem ser enclausurados e segregados. São necessárias interações, espaços catalisadores, que promovam distrações positivas, encorajem trocas, estimulem o fazer autônomo, que reflitam os diferentes caminhos de cada aluno.
As ações são pautadas por procedimentos de demolição e enxerto, retirando excessos de construção e inserindo novas estruturas que possibilitam a criação de espaços flexíveis capazes de abrigar as diversas atividades propostas.
Abordamos a planta como território composto por zonas de contração e expansão, em que existem fronteiras e bordas, mas elas são tênues, permitindo e incentivando a transgressão, catalisando a apropriação imaginativa, entendendo as crianças como sujeitos ativos. Os corredores, lugares em que a única função é o movimento contínuo do ir e vir, não existem.
Os espaços principais são 4:
o ginásio, onde são realizadas as atividades relativas ao movimento do corpo, geralmente tem suor envolvido;
o estúdio, onde ocorrem as práticas de música, gravações de vídeos, geralmente tem barulho envolvido;
o maker space, onde ocorre a construção de bugigangas, onde são feitas também atividades de artes plásticas, geralmente envolve o uso de ferramentas;
a biblioteca, onde ocorrem as atividades mais introspectivas, possíveis leituras, geralmente envolve a necessidade de silêncio e isolamento.
Centralizando todos estes espaços está o core, lugar onde se pode observar e também adentrar todos os espaços que o circundam. É conformado num lado por um grande painel com portas de correr, todos eles grandes lousas que podem ser também painéis para exibição dos trabalhos dos alunos, enquanto no outro é conformado por um conjunto de três cortinas de enrolar semitransparentes.
Quando numa atividade que necessite um espaço maior, como palestras ou workshops, é possível recolher tais cortinas e painéis de forma a criar um espaço maior unindo maker space, core e ginásio. No centro do core há uma tela de projetor enrolado que permite a exibição para ambos os lados.
As paredes que dividem os espaços não chegam até o teto, possuem perfurações, brechas que permitem ver através ou ouvir o que acontece nos espaços contíguos. Dessa forma essas paredes, essas linhas que de certa forma dividem os espaços, são tênues. Estimulam a contaminação das atividades que ocorrem entre elas. Seu desenho conforma espaços às vezes largos, às vezes estreitos e altos. Não é possível compreender a totalidade do espaço parado, suas inflexões e sinuosidades fazem com que seja necessário se mover para compreender, exige do usuário certa atenção, certa consciência do corpo que vira unidade de medida.
Referente a luz natural, o projeto se pauta pelo mapeamento e potencialização das aberturas existentes na construção, motivando a distribuição do programa, mas principalmente o desenho das paredes internas de forma a dividir e direcionar a luz natural para cada ambiente.
Portanto o desenho das paredes de gesso possui inflexões a meia altura que funcionam como rebatedores de luz, são responsáveis por compartilhar a entrada de luz natural de uma abertura única para dois recintos.
Referente a iluminação artificial, se busca criar um teto iluminado único a partir da criação de uma eletrocalha a 2,10m de altura, em volta de todo o perímetro da parede existente. Divide o espaço verticalmente ao meio.
A sua altura é definida em função do alto parapeito das grandes janelas pré-existentes e acaba conferindo uma escala menor, mais humana ao espaço, uma vez que a eletrocalha passa por cima de todas as aberturas.
É predominante feita por refletores direcionados ao teto e instalados nas laterais das eletrocalhas, enfatizam que as paredes que não tocam o teto.
A luz invade os espaços contíguos, cria sombras dos montantes que adentram os ambientes vizinhos, enfatizam a permeabilidade entre ambientes.
De forma geral, o projeto busca enfatizar que as diferentes áreas do conhecimento se retroalimentam, que o espaço não tem que somente refletir essa retroalimentação, mas também catalisar as possíveis interações entre seus usuários.
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